terça-feira, 16 de março de 2010

Os culpados

Há quatro anos as chefias do M.E. faziam reuniões com os elementos dos Conselhos Executivos das escolas para darem a conhecer o Admirável Mundo Novo que traziam para a área da educação.
O presidente do Conselho Executivo da minha escola tentava, nas sessões do Conselho Pedagógico, fazer um relato o mais fiel possível das boas novas que iriam revolucionar a educação.
m.l.r. tinha anunciado com um ar condescendente, “ não procuramos culpados mas sim soluções”, sossegando assim a classe docente. Perdão! Eu disse sossegando? Bem devia dizer ludibriando a classe docente que por sinal até se presta a isso.
Não foram os professores nas escolas que decidiram extinguir o antigo ensino técnico que deveria ter evoluído no tempo de modo a fornecer alternativas.
Não foram os professores que substituíram a palmada pedagógica pelo psicólogo ou pelo psiquiatra, paralisando a acção educativa de quem tem poder para ser educador: O encarregado de educação.
Se os culpados pela actual situação do sistema educativo fossem os professores, já teria começado a caça às bruxas e a pandilha ministerial não se ficaria por, há maus resultados? É preciso mais formação para os professores! É preciso avaliar os professores! Etc.
Não. Os culpados estão lá em cima e não querem assumir os erros.

1 comentário:

  1. Uma Experiência Socialista

    Um professor de economia na universidade Texas Tech disse que nunca reprovou um só aluno antes, mas tinha, uma vez, reprovado uma turma inteira.

    Esta classe em particular tinha insistido que o socialismo realmente funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e 'justo. '
    O professor então disse, "Ok, vamos fazer um experiência socialista nesta turma. Ao invés de dinheiro, usaremos as suas notas nas provas."
    Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, e portanto seriam 'justas. ' Isso quis dizer que todos receberiam as mesmas notas, o que significou que ninguém seria reprovado. Isso também quis dizer, claro, que ninguém receberia um "A"...
    Depois que a média das primeiras provas foram tiradas, todos receberam "B". Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado.
    Quando a segunda prova foi aplicada, os preguiçosos estudaram ainda menos - eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que eles também se aproveitariam do trem da alegria das notas. Portanto, agindo contra suas tendências, eles copiaram os hábitos dos preguiçosos. Como um resultado, a segunda média das provas foi "D".
    Ninguém gostou.

    Depois da terceira prova, a média geral foi um "F".
    As notas não voltaram a patamares mais altos mas as desavenças entre os alunos, buscas por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela turma. A busca por 'justiça' dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma. No final das contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o resto da sala. Portanto, todos os alunos repetiram o ano... Para sua total surpresa.
    O professor explicou que a experiência socialista tinha falhado porque ela foi baseada no menor esforço possível da parte de seus participantes.
    Preguiça e mágoas foi o seu resultado. Sempre haveria fracasso na situação a partir da qual a experiência tinha começado.
    "Quando a recompensa é grande", disse ele, "o esforço pelo sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós.
    Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros sem o seu consentimento para dar a outros que não batalharam por elas, então o fracasso é inevitável."

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