Chegámos a um ponto de tão baixa qualidade nos actores políticos que estes interpretam as vitórias eleitorais como uma conquista do poder de um ponto de vista absolutamente medieval.
Em vez de interpretarem os resultados eleitorais e em especial a maioria absoluta como um mandato para cumprir as promessas, com que obtiveram o voto, durante o seu período de governação vêem-se como monarcas absolutos.
As campanhas eleitorais foram batalhas travadas com todos os ardis da guerra e sem qualquer sentido ético. Uma vez conquistado o poder, não pela competência para o exercer mas pela manha, é chegado o momento de o usufruir e premiar os companheiros de armas distribuindo condados e ducados criados à custa do erário público.
Finalmente neste século XXI foi descoberta derradeira forma de furto: Furta-se legislando. É eficaz e absolutamente legal.
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