segunda-feira, 4 de outubro de 2010

RESTAURAÇÃO

Vivemos numa república cada vez mais parecida com uma monarquia, embora sem monarca fixo, precisamente aquela cuja queda se comemora e se deu à cem anos.
Tornou-se num regime que premeia os que melhor batalham participando no saque e efectuando razias não contra o inimigo mas contra os aldeãos. Ou será que estes são o inimigo?
Os condados e ducados foram substituídos por institutos e fundações que em nome do povo o sugam alegremente. A espada foi substituída pela legislação, e com ela se furta na maior das legalidades.

4 comentários:

  1. Luís:
    Não te esqueças que sempre existiram os usurpadores do poder! E os que se serviram (e servem) da legitimidade que o povo lhes deu através do sufrágio popular para, despoticamente, isso sim, governarem como monarcas.
    Não culpem a República! Culpemo-nos todos como país (uns mais do que outros) por ainda não entendermos que nada se faz nem de bom construiremos para os nossos filhos se continuarmos a não lutar por valores e princípos que esses 1ªs republicanos nos legaram, mas que, por razões conjunturais muito adversas, não conseguiram concretizar. Uma delas foi combater a ignorância, lembras-te?
    UM COMBATE A CONTINUAR!

    MNazaréOliveira

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  2. Os “novos monarcas” (como tu lhe chamas) não passam de xico-espertos que fazem grande corrupção, enquanto a maior parte da plebe se vai contentando com a pequena corrupção, invejando-os e, ao mesmo tempo, criticando-os .
    Repara que, em tempos de vacas gordas, muito poucos se indignam contra condados e ducados, instituições e fundações, pensando até que aqueles que mais engordam à custa disso é que são finos e tomara eu ser como eles! Quando aperta o cinto… aí todos se irritam com o vizinho que tem uma galinha maior que a minha!
    Não é uma questão de monarquia ou república, legitimidade por descendência ou voto.
    Será uma questão de moscas?... em que o cheiro é sempre o mesmo?

    Parabéns Luís pelo teu blog. Vou seguir com atenção e pôr aqui umas postas sempre que achar oportuno.
    (espero uma crónica sobre francesinhas, de preferência bem regadas com finos e conversa!)

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